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Digital Twins

Já ouviu falar de Digital Twins?

Para quem nunca ouviu falar, Digital Twins — ou, em português, Gémeos digitais — são réplicas virtuais de um produto físico, processo ou sistema. Verdadeiras pontes entre mundo físico e o mundo digital, os Digital Twins são sucessores da tecnologia de emparelhamento utilizada pela NASA, nos primórdios da exploração espacial. Mas vamos por partes!

Digital Twins: o que são?

O conceito de Digital Twins teve origem na NASA. Fruto da necessidade de encontrar formas eficazes de lidar com as dificuldades associadas à missão conhecida como Apollo 13, esta organização começou a utilizar dados, recolhidos a partir de sensores, para criar um "modelo virtual de um processo, produto ou serviço". Esta representação digital, apelidada como Digital Twin, começou então a utilizar informação para obter resultados efetivos.

Com o avanço da tecnologia, os Digital Twins deixaram de ser apenas representações digitais de itens. Hoje, a integração de Digital Twins com sensores sofisticados, Inteligência Artificial ou Machine Learning é uma realidade. Sendo alimentados por bases de dados de alto desempenho, os Digital Twins são capazes de reunir e processar um conjunto de dados significativo, em tempo real. Isto, claro está, maximiza a sua utilidade e confere produtividade a um vasto e diversificado leque de processos.

Digital Twins na prática

Digital Twins é uma tecnologia com uma ampla aplicação prática em várias e distintas áreas. Atualmente, é possível criar Digital Twins de ativos complexos, sistemas ou processos integrais. A aplicabilidade prática desta tecnologia é de tal forma abrangente que existem empresas a usá-la para criar e testar sistemas, ideias de equipamentos e modelos de serviços, antes de avançar com o investimento na sua construção ou implementação. Os Digital Twins podem estar ligados à sua referência física e otimizar a sua monotorização com precisão e em tempo real.

A popularidade desta tecnologia é de tal forma significativa que um estudo da Gartner afirma que 50% das organizações que usam IoT (Internet of Things) estão a usar ou planeiam vir a utilizar Digital Twins até ao final deste ano. Percentagem que triplicará no ano de 2022.

Entre as várias formas de utilização contemporânea de Digital Twins estão a formação de funcionários, o teste de novos produtos ou a experimentação de procedimentos. Antes de efetivar qualquer tipo de atividade ou solução, as empresas optam por colocar à prova a sua viabilidade através dos Digital Twins. Assim, corrigir erros e proceder a acertos torna-se mais fácil e menos dispendioso.

Digital Twins: quais são as vantagens?

Utilizados para resolver questões relacionadas com a manutenção e reparação de sistemas espaciais, os Digital Twins conseguem fornecer uma visão genérica e em tempo real do que está a acontecer com equipamentos ou outros ativos físicos, localizados a quilómetros de distância.

Atualmente, o setor industrial é um dos maiores fãs desta tecnologia. A Chevron, uma das maiores multinacionais do setor petrolífero, estima poupar milhões de dólares em custos de manutenção, através da utilização dos Digital Twins. Esta tecnologia digital tem o potencial de revolucionar as operações. De forma autónoma, os Digital Twins podem analisar situações críticas, propor soluções otimizadas e colocá-las em funcionamento. Entre as várias vantagens que justificam a implementação destes gémeos digitais, destaca-se a melhoria integral das operações em curso, principalmente no que respeita a produção industrial.

Quando uma empresa constrói uma réplica digital dos seus produtos, dos ambientes em que operam ou dos sistemas que produzem, torna-se possível prever praticamente tudo o que vai acontecer no mundo físico. Para os engenheiros, estes gémeos digitais são extremamente úteis. Disponibilizando históricos detalhados, os digital twins possibilitam a deteção de erros e imprecisões de forma eficaz, facilitando a produção de versões mais fiáveis. Uma realidade que foi comprovada pela consultora IDC, que no ano de 2018 atestou 30% de melhoria nos processos críticos das empresas que investiram nesta tecnologia.

Digital Twins e o espetro das TI

De acordo com um artigo assinado por Ian Skerrett, para potenciar as vantagens dos Digital Twins é fundamental estabelecer a sua integração com dispositivos IoT (Internet of Things). Assim, os Digital Twins ser geridos através de uma plataforma de gestão, com uma web API aberta e parametrizável, capaz de os integrar com qualquer sistema de informação, seja um ERP ou um sistema SCM. Uma realidade que tem sido explorada e dinamizada pela Eclipse Ditto, uma framework especializada na gestão de Digital Twins e na sua integração com dispositivos IoT.

Com a informação recolhida e processada pelos Digital Twins, as organizações podem realizar análises aprofundadas dos dados recolhidos, obtendo uma visão precisa e global dos ativos físicos que têm um gémeo digital. 

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